Marca D'água
Do fogo que mora na água: alumia cada caverna submersa e faz do silêncio sinfonia.
domingo, 18 de dezembro de 2022
você que tem tanta certeza..
domingo, 9 de junho de 2019
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
Queimadura
Me deixem ficar em silêncio
Sem que isso seja ameaça
Sem que isso seja ofensa
Sem que isso seja solidão
Me deixem sentir a lágrima
Que interrompeu, por momento, o sorriso
E travou na garganta
Causando opressão
Não precisa piorar minha agonia
Com seu olhar torto, incompreensão
Quando eu não for a dama do que vê por alegria
Ou não disser o que queira sua contradição
...
É possivel ser sensível ao não dizer..!
E se não for, me deixe não ser sempre a água turva
Que obscura onde lhe afunda a pedra atirada
Dá licença de fazer margem demarcada
Antes que você me assoreie a curva.
Se não quer enxergar porque me faz acender o fogo?
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
De: para :
Eu precisava de um pouquinho de amor
De um abraço concha pra ser mais mar
E vem você me apontando o dedo
Que diz pra seguir um caminho
Que me põe numa caixa igual seu carinho
Quadrado Que tu criou pra explicar seu mundo
E selou nosso encontro no fundo, à fita adesiva.
Tem que comprar um tempo pra poder olhar pra ti
Enquanto tu olha pra mim de fato,
Dessa vez.
Será?
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
Arame
De repente sou eu que não entendo
Sou eu que sinto vibrar a água mesmo quando é de corredeira criada pra demonstrar que é
E não só dá que sempre foi
Então, de repente sou eu que vibro errado
Que sorrir de arame é viver enquadrado
Mas é disso que se trata pertencer por aqui
Vai ter sempre uma grade pra escalar
E ali ao longe, um incêndio
Que nunca se apaga.
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
Encoberto
A suspensão do céu antes da chuva
Parece retidão mas é equilíbrio
Porque enquanto do céu, escuro
O sol vem, humilde, sem que o veja
Generoso, deixando que o perceba através do que toca a sua frente
Que se não fosse o cinza seria, a luz, cegueira
Como as mil palavras cuspidas
Que nunca generosas com as frestas de onde vêm
Atravessam sem olhar
E deixam enviesada luz que saiu por elas
Não fazem jus aos brilhos condensados que a fazem feixe
Mas pelo menos deixam a fresta
Pra que sempre se possa iluminar
Deixar ser, de fato
Quando o alto, encoberto, pairar as imagens
Né?
terça-feira, 12 de setembro de 2017
Esti(g)mada ignorância
Eu tô com medo do mundo
E tranquei todas as portas pra me roubarem só a tevê
Que no intento de me ver
Em vácuo descanso
Eu balanço dentro
No I(r)ma do peito
E Ele rouba o direito
Suga direto
pro seu egocentro..
Que enquanto girava eu vi
Um estouro azul
Que de tentar alimentar a fome de conforto, ouvi
As mãos do medo arrombando a porta
E nada fez mudar a aparência da casa..
Mas alguém olhou a caixa d'água no sótão?