domingo, 18 de junho de 2017

Queimava as beiras.

Como explicar o inexplicável
Que lateja
Bem em meu útero
Urge
E eu só queria sangria
Pra aliviar essa pressão
Que faz de mim marionete
Quer lambusar
de outros líquidos
Minha boca
Quer
Debulhar, escorrer
Suave e incessante
Nos braços de todos
Por quem minha alma já ergueu
A mão do amor
E doou.
Como se o órgão quisesse de volta
O que eu dei tao de bom grado
Porque tinha vazado tanto que já queimava as beiras,
Mas que agora me falta
E dói como chuva presa na nuvem
Dói
Paraliza
Que tem que chover quando já cristalizou
Granizo, agora só rasgando a pele
Porque nao só as beiras,
já queima o chão.

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