segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Linha do horizonte

Quero três dias-noites.
Estarei numa estrada
Não sei o que fazer de mim
Então vou ver o mundo passar
E passar por ele em três dias-noites
De Lua crescendo no caminho
De me acompanhar
Não sei se ela que vem junto ou eu que corro atras dela.
Não sei o que fazer de.mim.
Quem sabe de me correr
E me passear à luz de espelho
Passeio três dias-noites sem medo de quando clarear.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Sobre renascer. (Em amor)

Eu sei que passaram três dias, mas é renascimento e agora eu senti vontade de dizer mesmo que pro vento virtual (que pro real nem preciso dizer, só transbordo dos olhos, dos poros..):
Sinto uma gratídão enorme, um AMOR enorme por ser quem sou. E tudo isso muito enorme também por tudo que já caminhei e todo mundo que um dia já passou pelo meu caminho, seja num minuto de sorriso no metrô. Cada momento desses com vocês deixa uma pegada na areia. Meu mar apaga pra dar lugar a novas pegadas sempre, mas guarda em cada onda essa impressão. Vocês fazem parte de mim, por que trocando comigo me fazem sentir, questionar e olhar pra dentro. E crescer! E nascer flor fora. E desabrochar dentro. E eu sinto uma intensidade e um amor que espero que sintam também. por que é lindo. E é nosso.
Que a gente seja menos extremo e mais equilíbrio.
Menos certeza absoluta e mais caminho de possibilidades infinitas.
Que a gente cresça amor. Seja amor. Renasça amor. Exercite amor e Transforme tudo de bom e ruim em amor pra devolver pro mundo. Livre.
(Isso tudo não quer dizer que eu sempre consigo, mas que eu sinto e reflito e uso os olhos de vocês de espelho todo dia. Não é fácil mais é simples, já me disse um amor.)
Coragem.

Everybody's free - Louisa Johnson

sábado, 14 de novembro de 2015

Vi um menino no horizonte
Tinha os olhos marejados
Água com sal, ele dizia
Bebi da lágrima da sereia
Virei todo maresia
E agora com pé na areia
Vejo meu menino.homem
Que pingando amor, chovia
De me deixar ser junto
Do horizonte dos olhos que eu via.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Sussurro

Chuva!
Que me chovo toda
Ao te ouvir cantar-
-Tilintar de olhares
Chuva!
Das sombras guardadas no asfalto
Que saem pra chover junto
E brincar de pisar nas próprias poças.
Cai mais, céu!
Cai mais!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Nosso caminho de Talvez.

TAOvez.
Dar vez
Ser e não ser
Todo. Tudo.
Caminho
Caminhante
O caminhar
E nosso caminho de talvez
É ele mesmo.
As infinitas possibilidades da coragem em passos em tempo.
Em olho terceiro de tao.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Pornô.

A menina come
teta de nega
Com os dedos lambusados
Do vento intenso
Come
O encontro
E digere.. arte
Que tanto cabe
Vida, num momento
Absurdo perfumado
Num momento, vida
Morrida, nascida
De A(r)mamento
Belo ; - grito
Da pomba-gira, religioso
Abraço -
- Gratidão.

Pulga contrariada.

Tenho pulga embaixo da pele
No sangue,corrente
Fugitiva
E me pica de dentro pra fora
Me traí veemente
Nessa água de cor, furtiva
Que me alimenta
E se apertar mastiga
Pulga altiva!
Me deixa ser azul
Ser verde, ser anil!
Já que empipocada
De mancha machucada
Não há do sal da comida
Chance de trégua
Crônica contada
Em gotas
Marcas de vermelhidão
Duma pulga contrariada.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Silêncio Movimento

Escutar teus silêncios
tuas pausas
teus espaços.
Acolher teus trovões
tuas raízes, tronco
teus riachos.
E da mistura de nossas vozes
emudecidas; caladas
circundadas de cor
vibrante
Preenche, abre asas
em todo contorno
é brasa
fulminante
calor dos braços
em olhar que diz
ABRAÇO
de toque, nem digital
impressão
carinho de encaixar
a minha com a tua imensidão.

(abril2014)

Suspensão

Era vento do mar
Era eu e você à beira
A um passo da salgada cura
Do mais doce mergulho
Do abismo que vêm
se escrevendo em melodias
já passeadas por tantas letras
palavras cruzadas...

...Mas era vento do mar
Que tira sempre a melodia pra dançar
Em  cada suspensão de ar
de borboletas respiradas
E que aperta
A estrela reprimida
Transparece na pegada
Que uma hora de água pingada
há de envolver o que retém
do admirado suspiro
poder ver nova morada.
                                                      2014

sábado, 13 de junho de 2015

Seus anos a mais
Te fazem crer que é sabido
Que tua experiencia encobre
A carencia de tempo
É demencia!
Carrega razao
Mas é nas costas
Pesando teus passos
De quem sabe tanto
Tudo adquire donde?
Que de cuspir pra cima
Achando que é vivencia
O amor viveu sozinho
E ce ficou na falacia
Mito da caverna
Bloqueio do pulmão.
O que respiras não é ar...
...

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Amor em flor.

Ele me beija a alma.
Profundo caminho,
Pro nascer de nova estrela
-
Depositada no rio, em calma,
Segundo céu em alinho
Das vezes de mesma vista,
Pra quando não da mesma janela.

12/6/15

terça-feira, 9 de junho de 2015

quarta-feira, 3 de junho de 2015

All I see is gold (Entre-Laços)

Emantou-me de dourado,
Precioso, cigano,
Mal sabia que outra alma
Dele era também contorno.
E circundavam a fogueira
E pairavam com a fumaça
Escorriam em queda-livre
Enraizavam pela mata.
E dos caminhos da seiva
Sedentas se econtraram,
Ligando pontos nas estrelas
Da noite mais escura
As almas entrelaçaram
Dourada, esvoaçante, doçura.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Pequeno construtor.

E que da raiz voe semente
Pra me crescer tronco no amar
Porque agora sou parede
Emudecida, da moldura pregada
Da massa corrida,
Que de tanto correr,
Cimentou a vida.
Que tenha sobra aerada
...Quem sabe é só assoprar.

domingo, 10 de maio de 2015

Lamparina.

A luz já não mais é
Suficiente pro fim do túnel
Alumia só calçada
Que de atravessar a rua
Rumo ao relevo seguro
Me ruma ao buraco escuro
Dum rosto encapado de lua.

Cresce, enche, mingua
E seu feitiço me arranca a pele
Me arranca os olhos
Faz cada pensAR, ingua
E a luz já  não  mais é
Sustento reconhecido
Asperamente antidoto.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Quem tá ai?

Um minuto.
Ela já não está mais aqui. Está?

Mas o que quer você da vida?
..viver?

sábado, 28 de fevereiro de 2015

E se?... tudo bem?

E se amanhã não existir?
Tudo bem pra você?
Deixar tudo assim, à mercê,
Esperando o vento soprar
E o foco acender
Na minha direção?

Morte em vida
É um adeus esperançoso
E se amanhã não chegar?
A espera, pela morte é vencida?
Eu não sei se a fé que me abita
Valerá um reencontro.

... Tudo bem pra você?

Não sei da reciprocidade,
Mas a mim, a verdade
É a dor da incerteza
Da espera por um tempo
Que talvez não tenha leveza
De vir sem empurrão.

Vázquez Sounds - Time After Time

domingo, 18 de janeiro de 2015

Por trás das árvores da margem do rio as luzes dos carros incessantes até poderiam parecer vagalumes, e o rio seria limpo e cheio de criaturinhas, e ate pareceria que eu estava numa charretinha numa estrada de terra.
Sou eu na marginal Tiête.

Banhei-me de estrelas..
Agora sou toda imensidão.

Kayden experiences rain for the first time