domingo, 19 de março de 2017

Vamos jogar pedrinha no rio?

Porque quem me faz reverberar assim, com arte, do que cria, se faz meu espelho. Me sinto um pedaço, quero me reconhecer, me apresentar àquilo de mim, aquele brilho de olho que me revela mais um pedaço do mistério pântano que sou. Não quero me depositar, mesmo que as vezes mais forte que eu, um pé já esteja em suas águas.. mas é, sim, reconhecer. Quem de mim sou em você e nisso que tu deu vida, que parece que saiu dá minha boca, dos meus dedos e entranhas? É que direto das minhas entranhas só sai o sinal que capta os pedaços e diz um oi de longe, grato, escorrido, de ter reflexos tão lindos no mundo, mas que dá imagem real pegaram toda a poesia e o que fica aqui é saudade de mim.
Reconhecer-se nos fios vibrantes do encontro é consciência e dádiva, mas e onde fica o Reconhecer-se dentro de si? Se todo mundo já deu vida ao que me fala, o que me sobra se não o amor ?