quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

o que se faz com Deus

De ser todo dia
Esperança da eternidade
E urgência do agora
Como faz pra ser aurora
E crepúsculo..       ?
Quando só em fase da lua
Se é visto em divindade
E, ainda,
Que não em alforria.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Nascente

Sou agua de nascente
Oculta
De coracao são dois
Um doi
E no fim é grandiosa
.. a solidão
Eu sou! Eu sou!
Mas porque me sedimento?
Lembro que um dia tive coragem
De jorrar forte
pra nascer noutraa terras
Mas precisei invadir espaço
E da pedra que acabou por me tampar
Perdi a força.
Sou fio de água
Continuo nascente
Primavera recorrente
E continuarei sendo ate o ultimo grao de terra
Só queria sentir mais meu coração no broto
E não só no centro
Eu queimo mas não é de calor.
Como a gente faz pra se cavar?

quinta-feira, 26 de maio de 2016

É um frio..
Mas um frio que arde, sabe?
Um frio que formiga e quase queima
E ta lá nos.meus pés
Puxando tudo
Pra ver se eu viro fantasma
No.meio fio
Dessa cidade calada de tanto ensurdecer
Melhor fantasma que humano,
Aparentemente,
Tem mais de alma,
Meus pés devem saber..
Ou tudo o que lhes toca abaixo
O incandescer frio do conhecimento
De nem tudo aquilo que a gente queria conhecer
..Mas que curar
Desde os fundos dos poços.
Sabedoria deve ser quando a gente incandesce até o topo
E os pés esquentam, enfim.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Via-Láctea

Não me condenso mais
Mesmo que de vida interna
Mantenha meus olhos abertos
De vida externa
Condensada em mim;
Já não me condenso mais;
(Em opinião )
Sou canto do vento
Das beiras, das frestas, dos lençóis 
Que cobrem vozes adormecidas
freáticos, armazenam
O que inexiste
À olho nu.
Já não me condenso mais
(Em definição )
Sou água  que escorre pelos dedos
Areia de ampulheta
E respingo
Dos olhos para os olhares
Inundados
Do que condensa,
Em pequenas
Invisíveis; indizíveis;
Explosões,
Cada mandala ocular.
Já não me condenso mais;
Me equilibro; me balanço 
Me Oceano.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Democracia.

Meu coração é de bexiga vermelha
É. .
Sopro de outras bocas é
Suscetível assim a furo explosao
Por opção é
Vermelho do meu sangue
Escorrendo pelas pernas
É
E eu vou sangrar
E remendar
E sangrar
Teu coração
é de titânio, É
Do jatinho que usa pra fugir
Seu sangue azul não te permite
Viscerar,  é.. A rua
foi onde mestouraram
Fui vermelho nos olhos
É
Donde fiz minha casa
Junto dos desniveis
É
Pela força
Pela voz
Do direito de ser verde amarelo
azul dos rios da pele, vermelhos
É!
E poder ser ouvido.
quando assoprado de mim
Pra (p)reencher.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Cadê sua boca na minhaa? Seu amor assoprado na minha saliva, assoprado por entre minhas frestas
que faz de mim explosão
Poeira de estrela condensada
                      ____
Quando olhei pro céu estrelado, parecia que não via aquilo a muito tempo. Aqui na cidade é fácil disso acontecer.
E a gente fica tanto tempo sem ver mais de duas estrelas no céu que consegue esquecer de como é, E se encantar com umas duas duzias. Mas duas duzias que de tanto esquecidas fazem impacto com seus intensos brilhos explosivos, continuos a nossos olhos de velocidade diferente.
Se a gente vive a perder o piscar das estrelas o que mais a gente não perde?
E as duas duzias já conseguem  mandar o saudoso recado de imensidão. De que mais vale o intento, a intensidade de ser explosão continua de momento.
Que o nosso tilintar é ouvido por algum par de olhos de almas a céu aberto. E de minúsculo é gigante, junto desse mar de universo.
Assopra (,) amor. Quero aquecer-me de (re)descobrir.
Sem cortina, só boca aberta.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Ponto cruz.

Só queria desanuviar as suas linhas na minha lembrança.
Queria cruzar olhares e me permitir à revolução
Do que Eu viro
granizo. Todo o calor do meu coração gela com o choque das nossas presenças se raspando em tanto tempo de ventos incomuns. Então meus olhos chovem, nesse ciclo de até que as suas linhas na minha lembranca terminem de costurar.
É afeto. De afetar mesmo.