quinta-feira, 26 de maio de 2016

É um frio..
Mas um frio que arde, sabe?
Um frio que formiga e quase queima
E ta lá nos.meus pés
Puxando tudo
Pra ver se eu viro fantasma
No.meio fio
Dessa cidade calada de tanto ensurdecer
Melhor fantasma que humano,
Aparentemente,
Tem mais de alma,
Meus pés devem saber..
Ou tudo o que lhes toca abaixo
O incandescer frio do conhecimento
De nem tudo aquilo que a gente queria conhecer
..Mas que curar
Desde os fundos dos poços.
Sabedoria deve ser quando a gente incandesce até o topo
E os pés esquentam, enfim.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Via-Láctea

Não me condenso mais
Mesmo que de vida interna
Mantenha meus olhos abertos
De vida externa
Condensada em mim;
Já não me condenso mais;
(Em opinião )
Sou canto do vento
Das beiras, das frestas, dos lençóis 
Que cobrem vozes adormecidas
freáticos, armazenam
O que inexiste
À olho nu.
Já não me condenso mais
(Em definição )
Sou água  que escorre pelos dedos
Areia de ampulheta
E respingo
Dos olhos para os olhares
Inundados
Do que condensa,
Em pequenas
Invisíveis; indizíveis;
Explosões,
Cada mandala ocular.
Já não me condenso mais;
Me equilibro; me balanço 
Me Oceano.